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Enterprise Agile Coach, além das práticas de TI

Já estava me programando a alguns dias para escrever um post sobre Enterprise Agile Coach, quando me deparei com o excelente artigo do Scott Ambler, um dos criadores do Disciplined Agile (DA).

No artigo são cobertas de forma bastante abrangente as competências, Habilidades e Atitudes (CHA) de um Enterprise Agile Coach, onde resolvi aprofundar nesse post um pouco mais sobre o tema do Disciplined Agile Enterprise (DAE), que trata dos processos e ferramentas para suportarmos o Business Agility no âmbito das áreas de negócios e de suporte de uma Organização.

Quando falamos da camada de DAE, estamos falando da atuação do Enterprise Agile Coach para além das práticas de TI, garantindo uma integração e fluxos contínuos de ponta a ponta na organização, orquestrando a agilidade nos negócios (Business Agility).

Business Agility: uma organização adaptável, enxuta, receptiva e de aprendizado – é o verdadeiro foco de seus esforços de melhoria. A agilidade nos negócios exige verdadeira agilidade em toda a TI, não apenas no desenvolvimento de software, e um DAE capaz de alavancar essa capacidade de TI. (DA)

Fundamentos do DAE:

1.      Toda empresa é uma empresa de software. “O valor competitivo da Tesla não são carros elétricos, mas a capacidade da Tesla de atualizar e aprimorar esses carros por meio de software.”

2.      Todo setor sofrerá disrupções: Não são mais os concorrentes tradicionais que tiram o sono dos CEOs, mas sim as empresas disruptoras. Vide o caso de fintechs abalando o sólido mercado bancário.

3.      Empresas ágeis dominam e são de alta performance. Tornar-se um negócio ágil – Business Agility, exige verdadeira agilidade em toda a organização, não apenas no desenvolvimento de software, não apenas no DevOps e não apenas na TI. Atualmente, não existe um único setor que não seja dominado por negócios ágeis ou não esteja sob ameaça de disrupção por novos concorrentes ágeis.

A figura abaixo mostra como as áreas da organização se integram quando falamos de agilidade nos negócios.

Nesse desenho estão sendo representadas somente as camadas mais de negócios da organização, não envolvendo as áreas de desenvolvimento de Software (DAD) nem de DevOps, que um Enterprise Agile Coach deverá saber navegar e ter ferramentas para apoiar os líderes dessas áreas na jornada de agilidade organizacional.

O artigo do Scott Ambler descreve muito bem o escopo de trabalho e skills necessários para um Enterprise Agile Coach, trazendo competências como: ser um coach, conhecimento sobre a área de domínio, entendimento de como a TI funciona, conhecimento de como aplicar agilidade no nível organizacional, experiência e conhecimento em várias áreas de TI, mentoria e coach de como transformar e implantar o senso de melhoria contínua em uma organização.

Compartilho aqui algumas práticas e ferramentas que podem apoiar o trabalho de um Enterprise Agile Coach.

1.      Canvas Estratégico de Mudança: Toda a mudança deve iniciar com o seu propósito, para que, muito claro e com as pessoas conscientes e engajadas com os resultados esperados ao final de cada ciclo.

2.      Avaliação da Maturidade da Empresa em termos de práticas lean-agile: Para iniciar uma jornada de transformação, não so preciso ter muito claro qual o meu destino final, mas também de onde a empresa se encontra nesse momento, definindo o meu ponto de partida (Baseline) O SAFe 5.0 disponibiliza uma série de ferramentas que auxiliam na medição da maturidade da empresa,

Fonte: SAFE 5.0 – BA Assessment

3.      Conhecer a cultura da Empresa: Saber valores, atitudes e crenças que norteiam a cultura atual e a cultura desejada, para que se atinja os resultados, é primordial. Isso impulsiona a mudança. Costumo trabalhar com frameworks TCS (Transformação Cultural Sistêmica) da Transform Action

Esse framework permite trabalhar cultura em conjunto com iniciativas de negócio, navegando nos 2 eixos de indicadores de negócio (KPIs) e desenvolvimento de pessoas, buscando atingir resultados de alta performance.

4.      Use quadros de riscos com gestão a vista, separando riscos inerentes ao desenvolvimento do produto dos riscos do Programa e dos riscos de negócios, monitorando suas respostas dentro de cada área de competência.

Fonte: projectmanagement.com (Managing Risk in Agile Environments: Bridging the Gap Between ERM and Scrum)

5.      Desenvolva a Governança desde o começo: As organizações devem pensar em uma governança lean, que tipicamente endereça as seguintes questões (1AMBLER, 2019):

•        Funções e responsabilidades da equipe

•        Funções e responsabilidades individuais

•        Direitos de decisão e processo de tomada de decisão

•        Time de Governança

•        Exceções e processos de escalada

•        Processos de compartilhamento de conhecimento

•        Estratégia de métricas

•        Mitigação de riscos

•        Estrutura de recompensas

•        Relatórios de status

•        Auditoria processos

•        Políticas, padrões e diretrizes

•        Artefatos e seus ciclos de vida

•        Financiamento das iniciativas

Em um primeiro momento, realizar essa transformação, parece ser algo complexo e moroso. De fato, business agility, é uma jornada de amadurecimento e crescimento, enquanto organização e times. Mas, que planejada e implantada de forma estruturada, traz solidez e sustentabilidade a longo prazo, com benefícios fantásticos para a organização.

Artigo original do Linkedin, Março de 2020: https://www.linkedin.com/pulse/enterprise-agile-coach-al%C3%A9m-das-pr%C3%A1ticas-de-ti-carla-krieger/

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